terça-feira, 29 de maio de 2012

Xô, culote!

A solução é cuidar da alimentação e recorrer à malhação para melhorar a área

Por Renata Menezes

Como funcionam os movimentos
Não importa se você é mais cheinha ou magrinha, o culote ataca qualquer tipo de mulher. Sabe o que provoca? A junção de três fatores: falta de exercícios físicos, alimentação rica em gorduras e predisposição genética. “O culote é a gordura acumulada nas laterais externas das coxas. Além da alimentação errada e da falta de exercícios que podem favorecer o excesso do tecido adiposo na região, ainda há certos hormônios que têm maior afinidade com a gordura, ajudando a rechear a área”, fala a professora de musculação da Competition, Camila Tur. E o resultado destes depósitos de gordura você também sente na pele, pois a celulite ataca, ficando bem aparente. Tem casos que você consegue sentir (e ver!) a ondulação causada pela inflamação do tecido. Para acabar com o problema, é preciso atacar com todas as armas, ou seja, ter uma dieta balanceada pobre em gorduras, fazer exercícios aeróbicos (que queimam calorias e reduzem as células adiposas principalmente aí) e localizados. “Quando as coxas e os glúteos estão fortalecidos, o culote fica menor porque o músculo é um tecido ativo que queima a gordura e evita o seu acúmulo.”
Aula de anatomia
Os exercícios atingem os glúteos, posteriores de coxas (parte detrás) e quadríceps (parte da frente da coxa). Os três músculos estão interligados e preenchem as laterais.
Detalhes
Faça a série 3 vezes por semana, um dia sim, outro não.
Estratégia da treinadora
“O kinesis é um aparelho eficiente para tonificar as coxas e os glúteos, porém ele deixa o corpo livre e requer atenção no posicionamento, principalmente da coluna. Fique atenta para evitar dores depois”, fala a professora de musculação da Competition Camila Tur, de São Paulo.
> Para um benefício ainda maior Segure cada movimento por 5 segundos.

Afundo no kinesis - Pernas perfeitas e sem excessos
> Em pé, deixe uma perna na frente da outra. Pise com o pé direito sobre o disco de equilíbrio, deixando toda a sola do pé em cima dele. Fique apenas na ponta do pé da perna que está atrás.
> Segure nas alças do aparelho lateralmente com as palmas das mãos voltadas para dentro e os braços estendidos. Fique com o abdômen contraído e a coluna reta [A 1 e 2].
> Flexione os joelhos e agache de forma que o detrás chegue próximo do chão e o da frente não ultrapasse a ponta do pé. Repita do outro lado [B].
> Dica da professora: Deixe os ombros alinhados, como se estivesse abrindo o peito, famoso “barriga para dentro e peito para fora”
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Stiff no kinesis - Pernocas de fora
> Em pé, com as pernas afastadas na mesma largura dos quadris, segure na alça do aparelho com os braços estendidos e as palmas das mãos voltadas para dentro.
> Inspire fundo e mantenha o abdômen contraído para a coluna ficar alinhada. Não arrebite o bumbum, ele deve ficar encaixado [A 1 e 2].
> Flexione os quadris ao mesmo tempo em que joga o bumbum para trás e flexiona um pouco os joelhos. Observe que a coluna deve ficar sempre retinha.
> Volte à posição inicial e repita o movimento devagar [B 1 e 2].
> Dica da professora: Fique com as costas retas e o pescoço na mesma linha da coluna. Durante a execução do movimento, olhe para baixo.
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Extensão dos quadris com abdução - Perna de bailarina
> Deitada do lado direito sobre um colchonete, flexione o cotovelo debaixo e apoie a mão na cabeça. A outra mão deve ficar flexionada e na frente do tronco para garantir o equilíbrio e não deixar o tronco cair para trás.
> Deixe uma perna em cima da outra, sendo que a que está acima deve ficar flexionada com o joelho na mesma linha dos quadris e a debaixo fica levemente flexionada [A].
> Estenda o joelho e eleve até o máximo que conseguir [B]. Repita do outro lado.
> Dica da professora: Não encoste o joelho da perna que faz o movimento no chão.
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Como fazer em casa
Você precisará de 1 par de halter de 2 kg, 1 par de caneleiras de 2 kg, 1 disco de equilíbrio e 1 colchonete.
> Afundo no kinesis: Faça exatamente o mesmo movimento, só que segure um halter de cada lado. Caso não tenha o disco de equilíbrio, coloque o pé sobre um step ou um degrau para intensificar o movimento e fortalecer ainda mais as coxas.
> Stiff no kinesis: O posicionamento do corpo e o exercício também são os mesmos. A única diferença é que a sobrecarga vem dos halteres. Segure-os com as palmas das mãos voltadas para dentro.
> Extensão dos quadris com abdução: Faça o mesmo exercício. Vale a pena executá-lo na frente de um espelho para ficar atenta na posição do seu corpo.

Garanta sempre tipo kinesis resultados - programa avançado
Quando seus músculos acostumarem aos estímulos, é sinal de que a prática não está mais trazendo resultado. Veja como você deve progredir com o treino.
Afundo no kinesis
Série          3
Repetições 10 a 12
Resistência De 1 a 2 tijolinhos
Instruções  Aumente 1 tijolinho quando ficar fácil
Stiff no kinesis
Série          3
Repetições 10 a 12
Resistência De 1 a 2 tijolinhos
Instruções Aumente 1 tijolinho quando ficar fácil
Extensão dos quadris com abdução
Série          3
Repetições 10 a 12
Resistência Caneleiras de 2 kg
Instruções  Aumente 1 kg na caneleira assim que ficar fácil

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Alimentação do corredor amador: veja dicas para treinos e provas de rua

Cardápio equilibrado ajuda na recuperação pós-treino

 
Foto: Getty Images
Por Renata Demôro


As provas de rua queimam muitas calorias, mas o corredor amador não pode comer como se estivesse fazendo dieta para emagrecer. “Os nutrientes devem estar muito bem equilibrados no cardápio, já que todos serão fundamentais para a saúde, seja melhorando o desempenho físico ou recuperando os músculos após o treino. Os carboidratos, por exemplo, podem até ser cortados em determinados programas alimentares para perda de peso, mas são a principal fonte de energia do corredor amador”, explica a nutricionista Letícia Azen Alves Coutinho, autora do livro "Estratégias de Nutrição e Suplementação no Esporte" (Editora Manole, 516 páginas, R$111). A seguir, veja dicas de especialistas para alimentação nos dias de treino e provas de rua:

  • 1
    Antes do treino
    Evite treinar de estômago vazio. “Não corra se estiver em jejum há mais de 4 horas, mas também não exagere. Faça uma refeição leve contendo carboidratos (pão, cereal, batata), proteínas magras (iogurte natural, queijo minas, peito de peru, derivados de soja) e fruta ou suco natural”, recomenda Patricia Bertolucci, nutricionista da PB Consultoria em Nutrição.
  • 2
    Depois do treino
    De acordo com Patricia Bertolucci, logo após o treino, o corredor deve fazer uma refeição combinando proteínas e carboidratos, este último em maior. “O carboidrato irá repor as reservas de glicogênio (carboidrato armazenado no músculo e no fígado). Estudos recentes revelaram que a presença de aminoácidos, presente nas proteínas, tem a capacidade de potencializar essa reposição. Vale lembrar que uma boa recuperação no pós-treino é determinante para a performance no treino seguinte. Nesse horário, o atleta também pode consumir alimentos com função antioxidante e anti-inflamatória, que irão combater os radicais livres, prevenir lesões e doenças, como, por exemplo, semente de linhaça, frutas e verduras em geral (frutas vermelhas, uvas roxas, maçã, melancia), peixes ricos em ômega-3 (atum, sardinha) e gengibre”. Katiuce Borges, nutricionista do time de futebol do Grêmio e da clínica Vitta, lembra que após o treino também é preciso intensificar a hidratação. “Para repor a água perdida, verifique seu peso antes e após o treino. A dica é beber, pelo menos, 1 litro de água para cada quilo perdido durante o exercício”.
  • 3
    Antes da prova de rua
    O dia da prova chegou e você acha que pode correr de estômago vazio? Nada disso! Para Letícia Azen, a preparação do o corredor amador começa no jantar da noite anterior, quando ele deve reforçar a ingestão de carboidratos. Segundo Katiuce Borges, a alimentação do dia da prova deve ser a mesma dos outros dias. “Jamais consuma alimentos que você não costuma ingerir ou experimente novos suplementos. Esse não é o dia recomendado para fazer testes! O cardápio não deve ter novidades, mas deve ser restrito em alimentos gordurosos, processados, ricos em açúcares e com excesso de cafeína, como nos dias de treino”, orienta a nutricionista.
  • 4
    Durante a prova de rua
    De acordo com a nutricionista Patricia Bertolucci, em provas com menos de uma hora de duração, o corredor amador pode consumir optar por reidratar o organismo apenas com água. “Para provas com duração superior, a água pode não ser suficiente, já que apresenta as desvantagens de não conter eletrólitos e carboidratos, que repõem o que está sendo perdido, garantindo a manutenção da performance durante a corrida. Nesses casos, é aconselhável otimizar a hidratação com outras fontes. Recomendo beber 200 a 300 ml de água a cada 20 ou 25 minutos de exercício, intercalando com bebidas que contenham sódio e carboidrato (isotônicos, géis e água de coco). Fique atento ao seu limite, já que o excesso de líquidos durante a corrida pode causar desconforto estomacal, refluxo, enjoo e vômitos”, explica Katiuce Borges.
  • 5
    Após a prova de rua
    Segundo a nutricionista Letícia Azen, é preciso comer o quanto antes. “No dia da prova, você pode esperar, no máximo, duas horas para comer. Estudos recentes demonstram que, dessa forma, o organismo se recupera mais rápido”, explica a nutricionista. De acordo com Katiuce Borges, reserve uma refeição completa e equilibrada para esse momento. “O prato deve ser rico em carboidratos, proteínas e vitaminas e pobre em gorduras”, recomenda a especialista.
     

quarta-feira, 23 de maio de 2012

O treino certo do começo ao fim

Descobertas no campo da fisiologia revolucionam a avaliação da capacidade física e permitem desenvolver exercícios mais eficazes, que oferecem ganhos com menos tempo e esforço

 

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Matricular-se na academia, comprar roupas de fitness, receber a planilha de exercícios e começar a treinar. Simples assim, sem surpresas. Fazer um pouco de atividade aeróbica em um dia, no outro trabalhar separadamente grupos musculares. E só. Familiar a qualquer um que já tenha se proposto a começar a praticar atividades físicas, esse esquema de treinamento já é algo do passado. Hoje, descobertas no campo da fisiologia e a ascensão de novos conceitos estão ajudando a construir um novo padrão de treino ideal. Ele vem embasado em informações que permitem instituir com maior precisão o tempo e a intensidade necessários ao resultado desejado e ajudam a evitar equívocos responsáveis por lesões ou pelo desânimo que costuma abater os praticantes após dois, três meses o início de seus treinos. Na sua essência, está a mais moderna maneira de compreender o corpo: um organismo integrado no qual músculos, ossos, articulações, artérias e veias sanguíneas trabalham em conjunto com o objetivo de preservar nossa capacidade de executar movimentos – desde os mais simples, como se agachar para amarrar os sapatos, até os mais complexos. Enfim, que atuam como uma orquestra afinada para garantir a funcionalidade do corpo. Não se trata mais, portanto, de pensar o treino de forma fragmentada, com músculos estimulados isoladamente, por exemplo. No treino ideal, todas as estruturas do organismo envolvidas no movimento devem ser levadas em consideração. É o chamado treinamento funcional, integrado por exercícios capazes de turbinar, ao mesmo tempo, o equilíbrio, a força, a estabilidade e a potência.

A mais recente novidade nessa área é a chegada às academias de um novo método de avaliação para conhecer a fundo os segredos que interferem nos movimentos de cada um antes do ingresso na atividade física. Os resultados são usados para definir o plano certo de treinamento, que podem incluir exercícios corretivos, se for o caso, e aqueles destinados a assegurar a funcionalidade do corpo. Conhecido pela sigla FMS, do inglês Functional Movement Screen (em tradução livre, teste de movimento funcional), o recurso começa a ser oferecido em academias americanas, como a moderna Equinox, a respeitada Mayo Clinic e o Cooper Fitness Center, um dos principais difusores da proposta. “Precisamos conhecer as pessoas e, como diz o criador da técnica, Gray Cook, primeiro ajudá-las a se movimentar bem para depois se movimentar com frequência”, disse à ISTOÉ Carla Sottovia, diretora da rede Cooper.
No Brasil, a avaliação funcional começa também a se tornar acessível a um público mais amplo. Academias como a Cia. Athletica, Triathlon e a Edge, a ser inaugurada em breve em São Paulo, e a Porto do Corpo, em Porto Alegre, estão incluindo a técnica. Já a BodyTech agendou para daqui a um mês o lançamento de um projeto piloto com o método em uma de suas unidades paulistas. Se der certo, irá expandi-lo para toda a rede. Na Runner, a análise integra um programa desenhado para acolher os alunos que chegam. “É um serviço já disponível em oito unidades”, diz Guilherme Moscardi, responsável pelos licenciamentos da rede.
Originalmente, a avaliação é composta por sete sequências de movimentos para mensurar o equilíbrio, a estabilidade, flexibilidade, velocidade, agilidade, força e potência e resistência aeróbica (confira os exercícios no quadro que começa nesta página). A essa matriz, o mestre em educação física Mauro Guiselini, diretor de um instituto de ensino, pesquisa e atendimento em fitness que leva seu nome, em São Paulo, e consultor científico do programa receptivo da Runner, somou mais dois exercícios, destinados a avaliar mais detalhadamente 29 pares de músculos situados no abdômen e que sustentam o complexo quadril-pélvico-lombar.
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Os estudos mostram que essa cadeia muscular está associada às dores de coluna, alterações do quadril e flacidez abdominal. “Não é raro a pessoa que há tempos não faz exercícios ter um encurtamento muscular ou instabilidade da coluna responsáveis por dificuldade para fazer movimentos no dia a dia”, diz Guiselini. “A mesma musculatura será acionada na realização de exercícios. Isso mostra a importância de avaliar a qualidade dos movimentos para traçar programas de exercícios que atendam às reais necessidades das pessoas”, explica o especialista.

A avaliação é feita de modo complementar aos testes convencionais para saber o percentual de gordura no corpo, o VO2 (volume máximo de oxigênio que o corpo captura dos pulmões. Quanto maior, mais elevado o potencial aeróbico) e tirar medidas para descobrir se há diferenças de tamanho entre um membro e outro. Na visão do cardiologista Nabil Ghorayeb, porém, é preciso também fazer uma consulta médica e o teste ergométrico. “Isso deve ser feito antes de tudo, para saber se o indivíduo tem condições de praticar uma atividade ou se está em risco”, diz.
A importância da análise funcional ficou demonstrada em um estudo recente que investigou as condições de mais de três mil recém-chegados à Runner. “Entre 1% e 2% das pessoas tiveram dores ao fazer movimentos básicos, como o agachamento, e foram orientadas a ir ao médico antes de começar a treinar”, conta Guiselini.

Além disso, 15% não conseguiram executar um ou mais exercícios e apenas 18% os realizaram com perfeição. Mais um achado significativo: 33% dos novatos apresentavam algum encurtamento na musculatura do tornozelo que predispõem a lesões. Também verificou-se que cerca de 20% das pessoas não poderiam fazer os abdominais tradicionais por causa de déficits de movimento relacionados a encurtamentos musculares e instabilidade. A consequência, nesses casos, pode ser o surgimento de dores na coluna. “Esse tipo de teste nos auxilia a ver quais compensações o corpo está fazendo para realizar um exercício e auxiliar o aluno a ter um desempenho melhor”, diz o personal trainner Henrique Varella, da Cia. Athletica do Rio de Janeiro. “A partir dele, montamos o plano de treino acrescido de exercícios funcionais para a correção das dificuldades”, explica. Paulo Zogaib, professor de fisiologia do exercício da Universidade Federal de São Paulo, alerta para a necessidade de uma reavaliação do aluno a cada dois a três meses. “É fundamental para saber se o treino teve o efeito esperado”, diz.

Antes desse formato mais simplificado de avaliação funcional, criado por pesquisadores americanos, outra versão do teste, mais sofisticada, mantinha-se como um recurso disponível apenas em centros de excelência como o laboratório de medicina esportiva SportsLab ou o Laboratório de Estudo do Movimento da Universidade de São Paulo. Feita com instrumentos mais precisos, ela é destinada a um público predominantemente formado por atletas e pessoas com nível médio ou avançado de atividade. “A avaliação funcional mais básica que chega às academias é realmente útil para revelar especificidades do movimento que o indivíduo fará no dia a dia ou na academia. Mas praticantes de alta performance não estão dispensados de outros testes funcionais”, diz o ortopedista Arnaldo Hernandez, chefe do grupo de Medicina do Esporte do Hospital das Clínicas de São Paulo.
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No SportsLab, por exemplo, o exame ocorre em três etapas. Primeiro, o perfil do aluno é registrado em fotografias com o intuito de calcular medidas de desalinhamento corporal, assimetrias e alterações mais notáveis. Depois, são feitos testes de flexibilidade e equilíbrio e uma filmagem do indivíduo andando na esteira, em três velocidades, para conhecer os seus padrões de movimento e possíveis déficits e falta de alinhamentos. Por fim, o indivíduo usa uma máquina – o dinamômetro isocinético – para quantificar o desempenho dos membros e ver a força, potência e resistência muscular de cada grupo muscular. Com esses resultados na mão, o especialista em medicina esportiva Rogério Neves tem condições de indicar exercícios corretivos e adaptar o treino de forma individualizada. “Começa a haver maior consciência de que o exercício mal indicado e realizado de maneira errada pode levar a lesões e que, em vez de ajudar, prejudica e envelhece”, diz Neves, que está à frente do SportsLab.

A questão também é conciliar o que o aluno precisa, de acordo com as avaliações funcionais, com o que ele intimamente deseja quando chega à academia: perder gordura e ganhar músculos. “É necessário fazer um trabalho de convencimento para mostrar aos alunos os ganhos do exercício funcional para a sua performance”, diz Caio Correia, gerente de inovação da academia Competition. “Mas estamos assistindo ao surgimento de um novo ambiente nas academias. Ele é voltado para a construção de um corpo pensado de forma integrada e com um treinamento focado na prevenção”, complementa Patrícia Pirozzi, diretora da Triathlon.

Outras informações recém-saídas de laboratórios de pesquisa prometem aprimorar mais o treinamento. Uma delas joga luz sobre uma dúvida comum: saber se realizar sessões muito próximas de musculação e de exercícios aeróbicos prejudicaria os ganhos musculares e os cardiovasculares. Para examinar o assunto, pesquisadores da Universidade McMaster, no Canadá, convidaram voluntários de meia-idade para três dias de teste.

No primeiro, eles pedalaram uma bicicleta ergométrica por 40 minutos em ritmo moderado. No segundo, fizeram sessões intensas de exercícios de extensão da perna, para fortalecimento. No último dia, houve 20 minutos para extensão de perna e 20 minutos de bicicleta. Antes e depois, uma amostra de tecido do músculo da perna foi analisada. “Não vimos prejuízos. O exercício aeróbico pode preceder o treinamento de resistência no mesmo dia, sem comprometer a construção dos músculos”, afirmou Stuart Phillips, que liderou o estudo. O trabalho evidencia ainda que é possível obter os mesmos benefícios fazendo menor quantidade de cada tipo de atividade se elas forem associadas. A conclusão vai ao encontro do que se verifica nas academias. “Observamos que não há restrição na iniciação conjunta com aeróbicos e localizados e que isso otimiza os resultados”, diz Saturno de Souza, diretor da rede Bio Ritmo.

A investigação do mínimo de exercícios que se pode fazer para melhorar a saúde é mais uma área em evidência. No mês passado, a jornalista Gretchen Reynolds, autora de uma das colunas mais lidas do jornal americano “The New York Times”, sobre fitness, alavancou o tema ao lançar o livro “The First 20 Minutes: Surprising Science Reveals How We Can Exercise Better, Train Smarter, Live Longer”, algo como Os primeiros vinte minutos: a surpreendente ciência que revela como podemos nos exercitar melhor, treinar de maneira inteligente e viver mais. Gretchen reúne estudos para provar que basta se mover em torno de vinte minutos diariamente para obter as alterações fisiológicas positivas do exercício. Ela defende que ter uma rotina ativa é mais fácil do que parece e dispensa, por exemplo, vincular-se a uma academia.
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Na Inglaterra, um trabalho da Universidade de Bath vai mais longe. De acordo com os pesquisadores, pedalar na bicicleta ergométrica com intensidade e em três arrancadas de 20 segundos cada uma por dia seria suficiente para reduzir os níveis de açúcar no sangue, prevenindo, a diabetes (caracterizada pelo acúmulo de glicose na corrente sanguínea). Esse esquema de exercício obrigaria os músculos a gastar seus estoques de energia e a buscar sua reposição na glicose do sangue.

Também na Inglaterra, cientistas da Universidade de Exeter verificaram que bastam 15 minutos de caminhadas diárias para sofrer menos com a compulsão por doces. Isso seria resultado da redução no estresse proporcionada pela atividade. Com menos tensão, é menor a chance de o cérebro buscar mecanismos de compensação – nesse caso, nas guloseimas. Aqui no Brasil, os especialistas preferem aguardar mais tempo de estudos, mas veem com bons olhos notícias como essas. “Os trabalhos ainda são controversos”, diz Arnaldo Hernandez. “Mas, de todo modo, o ideal é fazer uma atividade contínua de 20 minutos com intensidade um pouco maior. Assim é possível ter os mesmos efeitos de um exercício mais longo de baixa intensidade”, diz.

Já a ideia de que levantar cargas pesadas em treinos puxados é o único meio de ganhar músculos está sendo contestada por pesquisas feitas no Centro Médico da Universidade de Maastricht, na Holanda. “Um número maior de repetições com pesos leves é tão eficiente para construir músculos como o uso de pesos mais pesados com menor número de repetições”, disse a ISTOÉ Cameron Mitchell, que participou do trabalho. O que faz diferença, nas duas situações, é atingir o ponto de fadiga. “Mesmo com baixo peso, ela precisa ser sentida nas últimas duas a três repetições para estimular o fortalecimento dos músculos”, afirma a cientista.
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Um crescente corpo de evidências científicas também está colocando em xeque outro conceito estabelecido. Um trabalho recente da Universidade de Pittsburgh (EUA) está derrubando a ideia de que perda de massa muscular é inexorável a partir dos 40 anos. Os cientistas analisaram as condições de 40 atletas recreativos com idades entre 40 e 81 anos submetidos a sessões de corrida, natação, caminhada ou bicicleta repetidas entre quatro e cinco vezes por semana. Descobriram que o treino continuado praticamente elimina a temida perda de músculos.

Nos testes, foram constatadas perdas pouco significativas na musculatura das pernas entre os que mantiveram um treinamento regular. Isso ocorreu independentemente da idade, como ficou comprovado em exames de ressonância magnética do músculo quadríceps, situado na coxa. As imagens exibiam diferenças ínfimas na musculatura de um triatleta de 40 anos em comparação a outro, com 70 anos. A avaliação de um homem sedentário de 74 anos, porém, revelou uma quantidade de gordura muito maior e a de músculos, menor. “Quando se fala em envelhecimento, geralmente não se estuda o que os nossos corpos são capazes de fazer. Mas controlamos 70% desse processo”, disse Vonda Wright, coordenadora da pesquisa. No entanto, um novo estudo do mesmo grupo de pesquisadores revelou que o efeito só se aplica aos músculos estimulados. Na visão dos pesquisadores, isso deixa claro que de fato é necessário adotar planos de exercícios elaborados para preservar as funções musculares do corpo todo, o que uma única atividade não garante.
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http://www.istoe.com.br/reportagens/207320_O+TREINO+CERTO+DO+COMECO+AO+FIM

terça-feira, 22 de maio de 2012

Adoçante e dietas da moda; veja 35 dicas para melhorar a saúde


Com alguns hábitos simples você pode melhorar sua saúde e qualidade de vida Foto: Getty Images

Com alguns hábitos simples você pode melhorar sua saúde e qualidade de vida
 
 

A maneira mais certeira de fazer as pazes com o espelho é manter seu corpo saudável. Fazer atividade física, comer bem e evitar excessos estão entre os hábitos que vão garantir uma boa forma, porém não para por aqui. A revista Your Tango publicou uma lista com sugestões de cinco especialistas para melhorar sua saúde. O time de experts conta com os especialistas em qualidade de vida Rico Caveglia e Brenda Deere, a naturóloga e massagista Lorina Shinsato e o personal trainer Mark Dilworth. Confira as dicas que vão mudar sua relação com seu corpo:
1. Mude sua mente para mudar seu corpo
Primeiramente você deve adotar uma atitude de gratidão ao seu corpo. Para Rico Caveglia, é preciso aprender a amar o próprio corpo mesmo antes de fazer as mudanças de hábito que vão deixá-lo em forma é mais saudável.
2. Respire!
Todas as funções metabólicas de nosso corpo exigem muito oxigênio. Por isso, nada é mais importante para a saúde mental e física que suprir essa necessidade. “Para aprender exercícios de respiração profunda recomendo aulas de ioga ou respiração”, diz Rico Caveglia.
3. Beba mais água
Isso vai garantir diversos benefícios para seu corpo. “Sua pele ficará mais macia, seu organismo mais limpo, você comerá menos, seu cabelo e suas unhas vão ficar mais hidratados e até sua energia vai aumentar”, justifica Caveglia.
4. Coma comida de verdade
Você é o que você come. Portanto, com um bom combustível você terá um corpo melhor e mais bonito. Para Caveglia comida de verdade é aquela que cresce na natureza, como frutas e vegetais orgânicos, grãos integrais, sementes e carne sem adição de hormônios ou produtos químicos.
5. Coma em casa
Para manter uma alimentação mais saudável é preciso evitar restaurantes e comida processada. A melhor dica, segundo Caveglia, é preparar você mesmo a maior parte de suas refeições.
6. Movimente-se
Manter-se ativo intercalando exercícios aeróbicos, de força e flexibilidade, vai deixar seu corpo mais em forma, saudável e bonito. “Além disso, você ainda ganha uma dose extra de energia”, garante Caveglia.
7. Recarregue as baterias
Faça pausas diárias apenas para relaxar e não pensar em seus compromissos e tarefas. “Aprenda a meditar e seja grato por tudo que você tem em sua vida”, recomenda Caveglia.
8. Elimine
Precisamos de uma a três evacuações diárias para manter o corpo saudável e livre de resíduos. “Se isso parece um desafio para você, aconselho que procure um naturólogo ou médico especializado”, afirma Caveglia
9. Devagar e sempre
O objetivo aqui é ficar saudável e não magro. Por isso, nada de dietas de emergência. “Coma frutas, vegetais, grãos integrais e proteínas magras. Também vale tentar diminuir as porções”, recomenda Brenda Deere.
10. Menos é mais
Na hora de iniciar um programa de emagrecimento, exagerar nos exercícios físicos é uma armadilha. “Escolha uma atividade da qual realmente goste e comece devagar. Uma caminhada de cinco minutos já é melhor do que não fazer nada”, orienta Deere.
11. Você não está sozinho
Ninguém está completamente satisfeito com seu corpo. Até mesmo modelos que muitas vezes parecem anoréxicas ainda acham que têm algumas gordurinhas a perder. Por isso, segundo Deere, é essencial prestar atenção para estabelecer uma meta possível e razoável.
12. Não se compare
Tente não comparar seu corpo com o de outras pessoas, pois herança genética realmente tem um papel importante em nossas formas. “Você sabe que tem partes que gosta em seu corpo, pode ser seus olhos, suas pernas ou mãos. Então, preste mais atenção a elas, tente valorizá-las e lembre-se sempre desses pontos positivos”, afirma Deere.
13. Durma bem
Procure dormir oito horas por noite. De acordo Deere, recentemente pesquisas comprovaram que, além de ser um hábito saudável, isso ainda ajuda a eliminar peso de forma mais eficiente.
14. Alongue-se
Isso exige prática, mas esticar-se faz bem não apenas para a coluna. “Manter uma boa postura fará você parecer melhor e mais confiante o que o levará a se sentir assim também”, justifica Deere.
15. Seja grato
Lembre-se que a função do seu corpo é te levar para onde quiser. Por isso, Deere recomenda que quando você se sentir mal com sua imagem pense de tudo que você é capaz de fazer graças a ele e sinta-se grato por isso. “Se quiser pode até escrever uma coisa pela qual é grato ao seu corpo por dia até internalizar isso”, sugere Deere.
16. Finja até que seja de verdade
Aja como se você amasse seu corpo, mesmo se ainda não sente isso. “Não deixe de fazer coisas como ir à praia por vergonha ou medo de que as pessoas fiquem reparando em suas formas. Acredite: os outros estão preocupados demais com a própria imagem para olhar o seu corpo”, garante Deere.
17. Coma três refeições diárias ou diversas pequenas refeições espalhadas pelo dia
Você já se perguntou por que está se sentindo irritado ou fraco? Você pode estar desidratado ou com baixo nível de açúcar no sangue. Por isso, Lorina Shinsato ressalta a importância de não pular nenhuma refeição, mesmo que você tenha trabalho extra pela frente.
18. Lembre-se da proteína
Esse tipo de alimento permite que o nível de açúcar no sangue fique estável por mais tempo, diferentemente de carboidratos que o deixarão com fome novamente em pouco tempo. “Então, quando for fazer uma refeição ou um lanche lembre-se de incluir proteína”, afirma Shinsato.
19. Hidrate-se
Quando sentimos sede significa que já estamos desidratados. Portanto, o ideal, segundo Shinsato, é manter uma garrafa de água sempre com você. A ingestão de líquidos é essencial para manter sua saúde e energia em dia.
20. Esqueça o adoçante
Evite açúcar refinado e adoçantes artificiais. “Como são feitos com produtos químicos, nosso corpo não consegue processá-los adequadamente aumentando o risco de inflamações”, justifica Shinsato
21. Evite temperos artificiais
O glutamato monossódico, realçador de sabor presente na maioria dos temperos artificiais, é prejudicial à saúde. “Ele causa dores de cabeça e interfere em nosso sistema nervoso”, alerta Shinsato.
22. Nada de fast food
Além de não conterem todos os nutrientes necessários para uma alimentação saudável, esse tipo de comida possui muitos conservantes e produtos artificiais que podem conter antibióticos, hormônios ou resíduos de pesticidas. “Prefira alimentos frescos que vão lhe dar uma energia limpa”, recomenda Shinsato.
23. Prefira peixes pescados na natureza
Os peixes criados para pesca muitas vezes recebem compostos químicos e não apresentam a mesma quantidade de ômega 3 dos animais livres. Segundo Shinsato, outra preocupação é o alto índice de mercúrio, pois, em excesso, esse composto interfere em nosso sistema nervoso prejudicando a memória.
24. Coma alimentos orgânicos e locais
Os produtos fabricados na sua região geralmente levam menos aditivos químicos, pois não precisam ser conservados por muito tempo durante o transporte. “Isso faz com que os alimentos que você coloca em sua mesa sejam mais saudáveis”, atesta Shinsato.
25. Pense positivo
Outro desafio para deixar sua mente mais saudável é manter a positividade. “É preciso se focar no que está dando certo em nossas vidas e permitir que o resto flua”, recomenda Shinsato.
26. Pratique a gratidão
A cada dia liste três coisas pela qual você é grato. Isso o ajudará a aprender a pensar de forma positiva. Para Shinsato, isso é uma ótima dica, pois somos capazes de mudar nossa realidade de acordo com aquilo em que nos focamos.
27. Elimine o pessimismo
“Sempre procure o melhor de cada situação e livre-se dos vampiros que aparecem em sua vida”, recomenda Mark Dilworth. Ajude a si mesmo estipulando metas e pensando em alcança-las ao invés de ficar achando que não vai chegar lá.
28. Permaneça motivado
Procure algo que o motive a alcançar uma vida mais saudável. Segundo Dilworth, uma vez que você encontrar o incentivo certo será mais fácil chegar no seu objetivo.
29. Pare de se sabotar
Mantenha seu foco e aja de forma coerente. “Se seu objetivo é perder peso ou manter o corpo saudável não tenha doces, alimentos gordurosos e porcarias em sua cozinha. Pois, ao ver esses produtos será mais difícil resistir a eles”, explica Dilworth.
30. Esqueça as dietas da moda
Para manter o corpo em forma e saudável você vai precisar de hábitos alimentares que consiga manter. Isso não é possível com dietas malucas ou superrestritivas. “Não adianta perder peso rapidamente se você recupera tudo assim que volta a se alimentar normalmente”, justifica Dilworth. Por isso, é necessário uma mudança permante.
31. Crie músculo e queime gordura
Exercícios físicos regulares são essenciais se você quer mudar seu corpo, pois eliminar gordura é mais importante que perder peso. “Trocar massa gorda por massa magra (músculo) também acelera seu metabolismo. E isso irá ajudá-lo a queimar ainda mais calorias. Esse é o segredo para que você não torne a engordar”, explica Dilworth.
32. Adote uma vida ativa
Caminhe o máximo possível todos os dias e tente manter o seu corpo sempre ativo. Segundo Dilworth, quando você fica sentado as enzimas responsáveis por queimar gorduras ficam praticamente desligadas. Já quando você se levanta durante o dia e se mexe elas são colocadas para trabalhar.
33. Exercite-se
Mesmo magro você pode não ser saudável. “Se perdeu peso sem se exercitar seu corpo não aprendeu nada e isso pode leva-lo ao efeito sanfona”, justifica Dilworth. Por isso, independentemente do que sua balança diz é preciso manter uma atividade física.
34. Hábitos saudáveis fazem um corpo mais saudável
Se você tiver uma boa noite de sono, não se expor a altas doses de estresse, não fumar, não ingerir grandes quantidades de álcool, se exercitar regularmente e manter uma boa alimentação, você terá um corpo saudável. “Não há segredo, basta manter esses hábitos saudáveis na maioria de seus dias”, atesta Dilworth.
35. Procure auxilio profissional
Talvez você precise de ajuda em algumas áreas, pois algumas mudanças são difíceis. Antes de iniciar um treinamento físico procure um médico para uma avaliação. Um personal trainer e um nutricionista também podem ajuda-lo a planejar sua alimentação e seu programa de exercícios. “Você pode começar a levar uma vida mais saudável hoje mesmo, não adie!”, finaliza Dilworth.

terça-feira, 15 de maio de 2012

Boa noite de sono e exercícios, combinação perfeita para uma boa saúde

Atividade física acrescentada ao dia-a-dia é igual a uma menor incidência de tumores. Essa conta parecia manjada no meio científico. No entanto, uma novíssima pesquisa do Instituto Nacional do Câncer, nos Estados Unidos, revela que é indispensável somar boas noites de sono para ela ficar redonda. No estudo, quase 6 mil mulheres foram acompanhadas durante dez anos.


Ao final desse período, as que incluíam sessões generosas de atividade física na rotina apresentaram uma probabilidade 25% menor de desenvolver qualquer tipo de câncer. E parecia tudo conforme o esperado, até que um panorama diverso foi verificado nas voluntárias que, mesmo suando a camisa, dormiam menos de sete horas por noite, tempo considerado insuficiente para o organismo se recompor de uma jornada — ainda mais aquela que contempla gastos físicos.

Entre as pessoas que se exercitavam mas não dormiam direito, os pesquisadores constataram um risco até 47% maior de desenvolver um câncer, como se o tiro saísse pela culatra. “Os dados sugerem que o sono tem uma importância ímpar nessa equação”, afirma James McClain, líder do trabalho. A hipótese levantada para explicar a relevância do descanso noturno nessa história toda tem a ver com o envelhecimento celular.

“Quem dorme pouco antecipa esse fenômeno. E isso predispõe a inúmeras doenças, entre elas os tumores malignos”, avisa Andrea Bacelar, neurologista da Sociedade Brasileira do Sono. Ou seja, as células de quem não repousa adequadamente à noite perdem sua eficiência rapidamente, abrindo caminho para mutações que podem predispor ao aparecimento de um câncer. O exercício, então, seria outro fator capaz de acelerar esse processo, sem o sono para restaurar o corpo submetido a esforço.

Com Informações de Revista Saúde

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Não Importa seu estilo | Parabéns pelo seu dia!!!!!

PARABÉNS PELO DIA DAS MÃES!!!!!!!

Escalada indoor emagrece, fortalece a musculatura e estimula a coragem

Crédito: Getty Images.
Você já pensou em escalar uma montanha? Desafio bem difícil, né. Mas não desanime. Você pode começar treinando em uma aula indoor. Várias academias já oferecem essa atividade. A ideia é subir até o topo de uma parede (com cerca de 10 metros de altura), cheia de apoios para as mãos e os pés.
“Esse esporte é muito divertido! Ele melhora o condicionamento físico, dá consciência corporal e estimula a coragem, a perseverança e a superação”, afirma Lucas Buendia, professor da academia Competition, em São Paulo.
E o melhor: ajuda a emagrecer! Em uma hora de aula é possível queimar, em média, 250 calorias. Para os iniciantes, o gasto calórico é menor, pois a subida costuma ser mais lenta. “O aluno deve cumprir os desafios propostos na aula. Para isso, deve pensar com calma qual é o melhor caminho até chegar no topo da parede”, diz o educador físico. No caso dos alunos experientes, a musculatura já está adaptada ao tipo de exercício, por isso, é possível subir mais rápido, gastando mais energia.
Quer mais benefícios? A prática da escalada melhora a flexibilidade, aperfeiçoa a coordenação motora, alinha a postura e  fortalece a musculatura dos braços, das pernas, da região peitoral e das costas.
Para praticar o esporte, não é necessário pré-requisitos. O limite é o próprio aluno que escolhe (sobe o quanto conseguir e quantas vezes puder). Você só precisa usar roupa de ginástica e tênis confortáveis. Na aula é fornecido todo o equipamento da escalada:  mosquetões, cordas, trava quedas e cadeirinha.
É recomendável praticar, pelo menos, duas vezes por semana. Com o treino frequente, é possível subir 2 ou 3 vezes em uma hora de aula, fazendo pausas de 10 minutos para descansar a musculatura. Que tal experimentar?

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Como obter um físico olímpico

Então você quer ter um físico de um atleta olímpico? Primeiro você precisa decidir que tipo de atleta quer ser e analisar o seu físico atual.
© Bob Thomas/Getty Images
© Bob Thomas/Getty Images
Você pode ser miúda como a russa Olga Kaniskina. A campeã olímpica de marcha atlética, 20 km, tem 1,60 m de altura e pesa 43 quilos.

Você é um pouco maior do que a Olga? Então treine para ser um levantador de peso, como o alemão Matthias Steiner, que tinha 1,83 m de altura e pesava 140 quilos quando ganhou a medalha de ouro em Beijing em 2008, na categoria 105 quilos.

Alguns atletas nascem para seu esporte, como o nadador americano Michael Phelps. Com uma envergadura de braços de 2,01 m, um pouco desproporcional em relação a sua altura de 1,93 m, e um longo torso e pernas relativamente curtas, ele se torna perfeito para a natação.

Mas nem todos os campeões são tão perfeitos para seu esporte. Usain Bolt, que tem uma altura de 1,96 m, é um pouco mais alto que Phelps. Portanto, muito alto para um corredor de acordo com os padrões normais. Mas isso não o impediu de se tornar três vezes campeão olímpico e recordista em seu esporte.

Seja qual for seu tamanho ou forma, você precisará treinar sem parar para obter um físico olímpico. Nem seu trabalho é tão importante – muitos atletas também têm carreiras além do esporte.

Campeão olímpico de caiaque, o britânico Tim Brabants é médico de turno integral e precisa manter seus patrocínios para que possa continuar treinando para eventos importantes. Sua rotina diária consiste em treinamentos de 5 a 6 horas, divididos em três partes.

Começando às 7 da manhã, ele treina na água por duas horas. E o treino continua com corridas e natação para melhorar seu desempenho aeróbico. Depois ele vai para a academia onde malha por 90 minutos para trabalhar com a força, a resistência e os músculos centrais.

De repente você pode atingir seu físico olímpico em um esporte menos explosivo, com um treinamento menos excessivo. O arco e flecha, por exemplo. O que mais você precisa além de boa concentração e habilidades visuais? Você precisa de um treinamento específico de peso para fortalecer e melhorar a estabilidade nos braços e nos ombros.

Integrante do time de arco e flecha britânico, Naomi Flokard explicou que um treinamento de alto nível aeróbico ajuda a manter um baixo batimento cardíaco durante a competição. Isso significa longas corridas de 8 km e bastante malhação. “Se eu competir contra alguém que não faz exercícios aeróbicos eu sei que estou em vantagem”, diz Naomi.

A idade (quase) não deveria ser uma barreira entre você e seu físico olímpico. A incrível Jeannie Longo, que conquistou medalha de ouro para a França no ciclismo em 1996 nos jogos de Atlanta, foi vigésima quarta nos jogos de Beijing – com 49 anos.

Para as mulheres, nem mesmo uma barriguinha de grávida deve impedir. A norueguesa Ingrid Kristiansen, corredora de longa distância, ficou em quarto lugar na maratona de Los Angeles, em 1984. Ela correu de uma forma competitiva ao cinco meses de gravidez, sem saber que esperava um bebê.

Não tem certeza de qual é seu peso ideal? O velejador Ben Ainsile ganhou 15 quilos quando mudou de modalidade. Em Sydney ele competia na categoria Laser, e quatro anos mais tarde resolveu competir na categoria Finn em Atenas. O resultado? Medalha de ouro nas duas vezes. Isso prova que ser mais pesado não significa ser mais devagar.

Ainsile obteve dois físicos olímpicos, então você pode, sem dúvida, obter um.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

5 benefícios dos exercícios aeróbicos


Por Atletx.com
5 benefícios dos exercícios aeróbicos
Independente da idade, os exercícios aeróbicos são importantes aliados no cuidado com o corpo. Os benefícios de exercícios aeróbicos realizados com certa frequência são comprovados pela ciência.
Você não precisa ser um atleta que pratica esporte todos os dias de maneira séria e competitiva. Uma simples caminhada diária de 30 minutos pode lhe garantir uma vida mais longa e saudável.
Simples mudanças de hábito podem representar uma melhora na saúde. Deixar o elevador de lado e subir de escada, caminhar a padaria, ir a pé ao trabalho, levar os filhos para um passeio de bicicleta no fim de semana. Use sua criatividade.
A seguir, alguns benefícios dos exercícios aeróbicos:
1. Reduz riscos de saúde. Os exercícios aeróbicos diminuem o risco de inúmeras doenças. Diabetes, alguns cânceres, doenças do coração e obesidade são alguns exemplos. Caminhadas ou exercícios de hidroginástica são ótimos para doenças reumáticas, como osteoporose.
2. Perder peso. Exercícios aeróbicos combinados com uma dieta saudável podem ser uma excelente combinação para perder peso com saúde.
3. Melhora do humor. Além dos benefícios físicos, os exercícios podem facilmente combater a depressão e falta de motivação. A atividade física reduz a tensão relacionada com o stress e a ansiedade.
4. Controle do colesterol. Praticar exercícios aeróbicos regularmente ajuda o corpo a produzir e manter o nível do bom colesterol alto (HDL). O bom colesterol é associado ao menor risco de ataques cardíacos, já que ele ajuda a eliminar as placas que obstruem as artérias. Resultado: menor risco de ataques cardíacos.
5. Melhora da resistência do sistema imunológico do corpo. Pessoas que praticam exercícios têm uma condição do organismo mais resistente a resfriados e gripes.
A maioria dos exercícios aeróbicos podem ser realizados por todas as pessoas, de todas as idades. Porém, se você leva uma vida sedentária, procure um médico antes de começar a praticar exercícios.
A avaliação de profissionais é muito importante. Por exemplo, se você sofre de reumatismo, exercícios aquáticos, são mais recomendados do que a corrida. Na corrida há grandes impactos para as articulações do corpo.
Sempre comece devagar, não tente recuperar o tempo perdido. Os exercícios aeróbicos devem ser feitos regularmente e por toda a vida.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Como evitar o ganho de peso da idade


Saiba por que perder peso fica mais difícil com o passar dos anos e como se manter em forma

Foto: Getty ImagesCaminhada ajuda a reduzir os efeitos da redução no metabolismo
Conforme envelhecemos, manter o mesmo peso e o mesmo corpo parece ficar cada ano mais difícil.
Aquele prato de macarrão de todo domingo, que antes não pesava na dieta , começa a fazer diferença na hora de abotoar o jeans.
No entanto, ganhar peso e envelhecer não andam necessariamente juntos. O peso extra não é resultado apenas do processo de envelhecimento, mas é principalmente fruto de mudanças de hábitos como exercitar-se menos e comer a mesma quantidade mesmo quando o ritmo do metabolismo diminui. Portanto, os motivos, além de fisiológicos, são também comportamentais.
"O que faz o corpo das pessoas mudar da fase dos vinte e poucos anos em diante são os hábitos de vida. Numa fase mais madura, a pessoa torna-se menos ativa, cessa ou reduz o nível de atividade física que praticava quando era mais jovem", diz o endocrinologista Alex Leite, do Hospital São Luiz.
A máquina
O declínio das habilidades físicas começa quando a mulher vira balzaquiana. Aos 30 anos, o metabolismo basal – valor de referência do quanto o corpo gasta de calorias para se manter funcionando – começa a ficar mais lento. O corpo passa a funcionar em outro ritmo, que vai diminuindo gradativamente até os 60 ou 70 anos, quando tende a estabilizar. Fica mais difícil não acumular gordura, não perder músculos e nem massa óssea.
"A diminuição de massa magra propicia o maior acúmulo de tecido adiposo, que, por sua vez, pode ocorrer sem mesmo ter havido uma mudança significativa no padrão alimentar. Esse declínio no metabolismo decorrente na mudança da composição corporal é progressivo e potencializado pela a diminuição dos hormônios sexuais e do crescimento que acontece com o envelhecimento", afirma Leite.
A redução do ritmo do metabolismo fica evidente e ganha potência com a chegada da menopausa, quando as alterações hormonais podem fazer com que a gordura se acumule mais facilmente na barriga do que nos quadris e nas coxas.
“Nosso corpo vai ficando mais desgastado com o uso e temos mais limitações. Há uma diminuição nos hormônios, assim como no metabolismo”, afirma o endocrinologista Alfredo Cury.A genética, nesse caso, tem um papel fundamental. Se a família tiver tendência a acumular gordura nessa região, é bem capaz que seu corpo passe a fazer o mesmo.
Vitalidade em baixa
Com a idade, a responsabilidade e as atribuições – como casa, família, filhos, amigos e trabalho – passam a ser maiores e o tempo dedicado ao exercício diminui. A vitalidade também perde terreno e quem ganha espaço é o sedentarismo.
Alfredo Cury destaca ainda a chegada dos filhos. “A vida muda. A mulher engorda, tem menos tempo para ela, dorme menos. É normal que passe a acumular o peso a partir dessa fase”, afirma.
Mexa-se!
Driblar o ganho de peso, no entanto, é possível. Entre os especialistas, o exercício físico é uma unanimidade. Além de melhorar a condição cardiorrespiratória e contribuir para uma vida mais saudável, a ginástica pode evitar a redução do metabolismo com a idade.
De acordo com o endocrinologista do Hospital São Luiz, o exercício físico ajuda a manter e aumentar o tecido muscular, promovendo uma composição corporal com maior teor de massa magra, que irá auxiliar na queima da energia obtida através dos alimentos.
O Departamento de Cinesiologia (o estudo dos movimentos) da University of Colorado, nos Estados Unidos, pesquisou a taxa de metabolismo basal e o ganho de peso com o passar dos anos.
Foram avaliadas 65 mulheres divididas em quatro grupos: pré-menopausa e pós-menopausa e sedentárias e ativas. Entre as ativas, o metabolismo manteve-se o mesmo antes ou depois da menopausa, o que, segundo os pesquisadores, levou ao baixo peso observado no grupo.Os pesquisadores descobriram que o declínio no metabolismo basal não é observado em pessoas que se exercitam regularmente.
Os exercícios mais recomendados são a musculação, que evita a perda de massa muscular decorrente do envelhecimento, aliado à caminhada. Os músculos ajudam a manter o metabolismo funcionando por um tempo prolongado, além de serem importantes em áreas como equilíbrio, flexibilidade e estabilidade.
A caminhada, por sua vez, aumenta o gasto calórico. Pesquisadores da Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, descobriram que apenas 30 minutos andando por dia podem evitar o aumento de peso. Durante 15 anos, eles acompanharam a rotina de cinco mil pessoas entre 18 e 30 anos. O grupo que caminhava diariamente deixou de ganhar 450 gramas por mês.
Mas não basta se movimentar. Também é preciso cuidar da alimentação. Para a nutricionista Flávia Ferazzo Figueirêdo, não é preciso reduzir a quantidade de comida, apenas apostar em trocas inteligentes.
“A minha recomendação é fazer inversões no cardápio. Reduzir a farinha e o açúcar e, em contrapartida, aumentar o aporte de proteína, que ajuda na queima de gordura”, aconselha.