quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Extra da matéria Academia: Mitos e Verdades



1 - Na praia, é melhor correr na areia do que no calçadão. O solo irregular trabalha mais as pernas e gasta mais calorias
Verdade. Isso porque o solo irregular proporciona menos estabilidade e firmeza na pisada do que o asfalto. "Assim, os músculos requeridos nos movimentos da corrida - quadríceps, posteriores de coxa e tríceps sural - precisam usar uma força maior, o que ocasiona também mais gasto calórico" esclarece o personal trainer Bruno Tadeu P. da Silva (SP). No entanto, essa prática exige cuidado, pois representa um exercício de intensidade moderada à alta, não indicado para iniciantes por conta do seu impacto que aumenta o risco de lesões.

2 - Beber água durante a malhação prejudica a perda calórica
Mito. Não existe nenhuma relação entre a água ingerida durante o treino e a perda de calorias. "Beber muita água pode causar um desconforto no estômago durante as atividades, uma vez que, cheio, o sentimos um pouco inchado", esclarece Emy Takahashi, nutricionista do Grupo Stancanelli (SP). Por isso, hidrate-se de forma fracionada durante o dia e capriche um pouco mais no pós-treino, já que a malhação nos faz perder bastante líquido através do suor.

3 - Correr queima mais calorias do que pedalar
Verdade. A corrida possibilita um gasto calórico mais elevado do que o ciclismo, se considerarmos um mesmo tempo e intensidade de exercício. "No entanto, o impacto da corrida gera mais estresse nos músculos e articulações, fazendo que, de maneira geral, esse tipo de treino de seja mais curto do que os de pedalada", compara Giba Ambrogi, professor da academia Bio Ritmo (SP).

4 - Os exercícios localizados não agem exatamente sobre a região trabalhada. Eles aumentam o gasto calórico e ajudam a diminuir a gordura geral do corpo
Verdade. "O grande benefício oferecido pelos exercícios localizados é a tonificação na musculatura local. Já a queima da gordura não se dá exatamente na região trabalhada, ela acontece no corpo todo", afirma Bruno Tadeu. Então, não adianta se acabar nos abdominais achando que vai perder aquela barriguinha saliente. Para isso, alie os abdominais a outras atividades, como esteira ou ginástica aeróbica.

5 - Praticantes de endurance não engordam quando param de treinar
Mito. Mesmo quem treina para provas de longa duração, como ciclismo, triathlon e corrida, não sofre alterações no seu metabolismo basal - que é a quantidade de calorias que o corpo utiliza durante o repouso, para o funcionamento dos órgãos. "Sendo assim, essas pessoas também engordarão se não adequarem sua alimentação de forma compatível ao período de inatividade", pondera Giba Ambrogi.

6 - A atividade física ajuda na correção postural
Verdade. Muitos desvios posturais são causados pelo enfraquecimento de determinados músculos. "As pessoas hiper-cifóticas, por exemplo, geralmente sofrem do enfraquecimento muscular na região da coluna, o que favorece que fiquem encurvadas durante o caminhar, em frente ao computador ou durante a execução de trabalhos manuais", ilustra Bruno Tadeu. Trabalhar os músculos das costas, do ombro, do abdome e da região peitoral é indispensável para manter uma postura ereta. Daí o auxílio da atividade física, especialmente da musculação. "Vale ressaltar também que a prática de exercícios desperta a atenção para a postura correta e uma maior consciência corporal, aliados importantes nesse contexto", completa o personal trainer.

7 - O exercício de intensidade moderada queima mais gordura que o exercício intenso
Mito. Dois fatores são determinantes nesse contexto. "O número de calorias gastas diretamente das reservas de gordura em exercícios de alta intensidade é maior do que nos moderados. Além disso, o metabolismo fica acelerado por mais tempo no período pós-treino de atividades intensas, e esta aceleração ocorre graças à queima de gorduras", notifica o professor Giba Ambrogi.

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